Os órgãos de saúde frequentemente dão dicas para parar de fumar. Mas quem fuma, sabe que abandonar o vício não é assim tão fácil. Todos os fumantes regulares sabem dos malefícios do tabaco para a saúde, assim como quem exagera nos carboidratos e no cafezinho sabem que é errado, porém, parar não é uma tarefa fácil e exige muita força de vontade.
Embora qualquer consumo frequente do tabaco seja prejudicial, um estudo realizado em 40 anos pela Universidade de Tel Aviv, em Israel, aponta que a diminuição do número de cigarros por dia reduz em 15% os riscos de mortalidade e também pode beneficiar pessoas que querem largar o vício definitivamente.
Qualquer vício, além de físico, é psicológico, portanto, a ideia de nunca mais fumar é difícil de aceitar. A redução, pelo contrário, faz com que cada cigarro pareça o primeiro do dia ou aquele de depois de horas trancado em algum lugar em que fumar seja proibido. Para funcionar, o tabaco deve ser consumido em intervalos espaçados do dia.
Para pessoas que fumam 25 cigarros diariamente, por exemplo, a diminuição pode ser semanal, de cinco em cinco, assim, o organismo acostuma com um nível mais baixo de nicotina com o tempo, sem que o fumante tenha que enfrentar as cruéis crises de abstinência. Segundo nossos fisioterapeutas, para surtir algum efeito, o ideal é que o consumo médio seja de cinco cigarros por dia.
Se o desejo é largar o hábito definitivamente, é indicado que estabeleça uma data para parar. Neste tempo, a pessoa deve se acostumar a fumar um por dia por algumas semanas e então começar a fumar em dias alternados, até conseguir perder o desejo excessivo pelo tabaco. Para controlar a ansiedade, o convívio social e a realização de atividades que auxiliam na distração são as maneiras mais básicas.
Caso estes métodos não sejam suficientes, os medicamentos a base de nicotina (sabe-se que a nicotina não é a causa de doenças, apenas o elemento que vicia), como os adesivos ou chicletes, ajudam a suprir as necessidades físicas do tabaco. Para a necessidade psicológica, existe um antidepressivo no Brasil, o Zyban (buproprion), que age provendo o que a nicotina proveria.
Outras dicas para diminuir o consumo são:
• Dificulte seu acesso aos cigarros. Deixe-os longe ou com alguém que está te auxiliando a largar o vício.
• Nunca leve o maço inteiro com você. Quando sair de casa, leve apenas os cinco e controle-os, mesmo que seja por medo de passar vontade mais tarde.
• Tente estabelecer horários para cada cigarro, assim, além de controlar o número, cada cigarro será mais bem apreciado.
• Se diminuir não parecer uma tarefa tão difícil depois de algum tempo, comece a considerar a possibilidade de parar definitivamente.